sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Copa, futebol, corrupção e Rede Globo



Sou um amante do futebol, apaixonado pelo meu Santos Futebol Clube, mas apreciador de um bom jogo nas quartas e finais de semana, seja o time que for.
Infelizmente, a cada dia que passa, esse esporte tão fascinante fica cada vez mais porco e ganancioso.

Não entrarei no mérito do disparate salarial dos profissionais do primeiro escalão comparado aos de trabalhadores “comuns”, o que hoje mais me causa náuseas é o domínio nefasto exercido sobre o nosso principal esporte.

O nome da fera em questão é Ricardo Terra Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no cargo desde 16 de janeiro de 1989. Seu quinto mandato consecutivo terminou em 2007, mas foi prolongado, sob acordo, até o final da XX Copa do Mundo FIFA em 2014, aqui.

 Farei uma série de textos dando o perfil do dono do futebol no Brasil e com grandes chances de ser o dono do futebol no mundo... Caso a Copa aqui for um sucesso.

Abaixo um trecho da entrevista que ele deu a repórter Daniela Pinheiro da Revista Piauí.
Um dos exemplos das negociatas de Ricardo com a Rede Globo.


Ricardo Teixeira combina o valor de jogo da Seleção, decide quem vai transmiti-lo e negocia quem vai patrociná-lo. Ele é o dono do futebol brasileiro, e quer fazer uma Copa irreprochável para se eleger presidente da Fifa.

Durante a CPI da Nike, em 2001, a Rede Globo levou ao ar uma reportagem no Globo Repórter sustentando que a renda de Ricardo Teixeira era incompatível com o seu patrimônio e padrão de vida. A CBF anunciou pouco depois, do nada, uma mudança no horário de transmissão de uma partida Brasil x Argentina, clássico sul-americano que costuma bater recordes de audiência. Em vez de ser exibido no horário de praxe, depois da novela das oito, o jogo foi marcado para as 19h45.
“Pegava duas novelas e o Jornal Nacional. Você sabe o que é isso?”, cochichou-me Teixeira, no Baur au Lac, quando o caso foi relembrado. Como a Globo transmitiu a partida, amargou o prejuízo de deixar de mostrar diversos anúncios no horário nobre, o mais caro da programação. A partir daí, não houve mais reportagens desagradáveis sobre o presidente da CBF na Globo.

Fonte: Revista Piauí Edição 58.

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